Quando estamos nos corredores da faculdade, nos debates em
sala de aula, nossos discursos beiram as vias do romantismo. Pensamos que tudo
na Educação é possível que se não acontece o culpado é o professor e a escola.
E quando se trata de Educação Especial quando estudamos tantos avanços na legislação,
pensamos que a inclusão de fato não acontece porque os professores não se
dedicam.
Em dois anos de Iniciação Cientifica estudando sobre a
temática na cidade de Salvador-BA foi nos dada a oportunidade de sair da teoria
e ir para a pratica e assim entender o que se é falácia dos corredores da
universidade e o que se é real nas escolas publicas.
Mapeando as escolas publicas da rede municipal
soteropolitana que possuíam as SRMs foi possível criar um quadro e assim
compreender os processos de inclusão.
Salas de
Recursos Multifuncionais em 2012/2013
|
Dados recolhidos do PIBIC 2012/2013 FACED-UFBA.
Vale ressaltar que foram consideradas apenas crianças com laudos médicos comprovando a sua especialidade. No mesmo ano (2012) a cidade de Salvador segundo dados do IBGE informava que os estudantes matriculados nas redes públicas e privadas no Ensino Fundamental 304.047 alunos e no Ensino Médio 107.050. Enquanto que na Educação Especial os matriculados correspondiam a 1.649 sendo que esse número caiu no ano de 2014 para 909 alunos.
Esses alunos (da Educação Especial) estão distribuídos em 8 Coordenadorias Regionais de Ensino da cidade de Salvador sendo que a maioria são em bairros periféricos, foram constatadas um total de 19 instituições de ensino regular com SRM em pleno funcionamento.
Esses alunos (da Educação Especial) estão distribuídos em 8 Coordenadorias Regionais de Ensino da cidade de Salvador sendo que a maioria são em bairros periféricos, foram constatadas um total de 19 instituições de ensino regular com SRM em pleno funcionamento.
Sobre os profissionais seus perfis podem ser
traçados da seguinte maneira:
1.
Predominância
feminina;
2.
Predominância
no curso de Magistério e de Licenciatura em Pedagogia na formação inicial;
3.
Dos 19
professores apenas 1 não apresentou curso de especialização;
4.
Os cursos
de especialização variam entre Psicopedagogia,curso de Libras,Tecnologia Assistiva,curso
de Braile,Educação Especial e AEE;
5.
O tempo
de atuação em sala comum varia entre 4 anos a 35 anos,em Educação Especial 5
meses a 25 anos e em SRM a variação esta entre 4 meses e 3 anos.
Esses dados provocam uma reflexão sobre as demandas
da inclusão. Apesar das salas de recursos estarem sendo instaladas ainda existe
uma lacuna nas matriculas dos alunos da educação especial. Existe também a
dificuldade de oferecer uma especialização ao professor em virtude da sua carga
horária trabalhista, ou seja, inúmeras questões estão por traz
contribuir para uma inclusão de fato.
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